Ali pró lado da estrada de Juromenha existe uma herdade que se chama “Mestre Fernandes”. Há muitos anos era Guarda dessa herdade o ti Zé de Mestre Fernandes. Não se lhe conhecia outro nome. Era assim que era conhecido pelas vilas e aldeias das redondezas. Mas este homem tinha uma particularidade muito especial. Era um exímio lutador de varapau e era também um homem alto e forte, com um corpanzil fora do comum.
Antigamente, sempre que em determinado local existisse um homem com determinadas características de brigões, velhacos, fortes, sabichões e outros atributos, a sua fama corria mundo. Então, logo apareceria outro homem que queria ser melhor que o outro e tratava de o procurar, fosse lá onde fosse para o desafiar.
Um belo dia, o ti Zé de Mestre Fernandes, vinha pelo caminho, entregue aos seus pensamentos, munido do seu inseparável varapau e saiu-lhe ao caminho um dos tais para o desafiar prá luta.
O ti Zé de Mestre Fernandes disse para consigo. Queres lá ver! O que é que este franganote quer de mim, tal era a fraca figura que lhe tinha saído ao caminho. Só que o tal franganote ou fraca figura, era um exímio lutador com o seu pequeno canivete a contrastar com o varapau do ti Zé de Mestre Fernandes. Os dois homens iniciaram uma aguerrida luta. Cada vez que o ti Zé de Mestre Fernandes desferia uma paulada nunca acertava no pequeno homem, pois este esquivava-se sempre e cada salto que dava, com o seu pequeno canivete, arrancava-lhe um botão da jaqueta. A luta continuava renhida ao ponto do ti Zé de Mestre Fernandes já não ter botões na jaqueta . Lembrou-se então que só o poderia vencer à traição e pregou um grito! Ó Manel! Ainda bem que apareces. Acode-me aqui, senão este malandro mata-me. Foi então que o pequeno homem olhou para trás, o ti Zé de Mestre Fernandes aproveitando a distracção do adversário desferiu-lhe uma paulada e só assim é que o conseguiu vencer.
Luís de Matos
Antigamente, sempre que em determinado local existisse um homem com determinadas características de brigões, velhacos, fortes, sabichões e outros atributos, a sua fama corria mundo. Então, logo apareceria outro homem que queria ser melhor que o outro e tratava de o procurar, fosse lá onde fosse para o desafiar.
Um belo dia, o ti Zé de Mestre Fernandes, vinha pelo caminho, entregue aos seus pensamentos, munido do seu inseparável varapau e saiu-lhe ao caminho um dos tais para o desafiar prá luta.
O ti Zé de Mestre Fernandes disse para consigo. Queres lá ver! O que é que este franganote quer de mim, tal era a fraca figura que lhe tinha saído ao caminho. Só que o tal franganote ou fraca figura, era um exímio lutador com o seu pequeno canivete a contrastar com o varapau do ti Zé de Mestre Fernandes. Os dois homens iniciaram uma aguerrida luta. Cada vez que o ti Zé de Mestre Fernandes desferia uma paulada nunca acertava no pequeno homem, pois este esquivava-se sempre e cada salto que dava, com o seu pequeno canivete, arrancava-lhe um botão da jaqueta. A luta continuava renhida ao ponto do ti Zé de Mestre Fernandes já não ter botões na jaqueta . Lembrou-se então que só o poderia vencer à traição e pregou um grito! Ó Manel! Ainda bem que apareces. Acode-me aqui, senão este malandro mata-me. Foi então que o pequeno homem olhou para trás, o ti Zé de Mestre Fernandes aproveitando a distracção do adversário desferiu-lhe uma paulada e só assim é que o conseguiu vencer.
Luís de Matos