quinta-feira, 15 de abril de 2010

O Ladrão das Libras de Ouro

Era uma vez um General muito barrigudo e com um enorme bigode, o que mostrava ser uma pessoa muito respeitada. Mas era muito ganancioso. Tão ganancioso que queria enriquecer em pouco tempo.
O General, pensou, pensou, afagou o seu enorme bigode, e achou que a forma mais fácil e rápido de enriquecer, era roubar o Rei. Então um dia, esperou que o Rei recebesse o dinheiro dos impostos dos seus súbitos e decidiu roubar uma pipa de libras de ouro ao Rei. Quando o Rei descobriu o roubo, decidiu castigar o General, mas não sabia ainda bem como o havia de fazer.
O Rei pôs-se a pensar..., passou a mão pela sua enorme barba, afagando-a, pensou, pensou… Já sei. Como ainda há muita terra para cultivar e povoar, vou desterrar o General para um lugar onde não veja ninguém. Que esteja isolado do resto do reino. Deixa estar que ele há-de gastar todas as libras de ouro que me roubou e com elas há-de beneficiar todo o meu reino. Vou desterrá-lo para uma grande serra, cheia de perigosos penhascos, onde haja muito frio e muita neve no Inverno. Ele há-de sofrer muito, pensou para consigo.
Ao chegar à serra, o General não se atrapalhou. Como tinha muito dinheiro que não lhe tinha custado ganhar, decidiu comprar as melhores terras do vale, que eram banhadas por um rio e cujas águas eram provenientes da neve que caia durante todo o Inverno. Espalhados por uma grande parte das terras, já existiam alguns castanheiros que davam castanhas, mas faltavam outras árvores de fruto. Como o rio tinha sempre muita água para poder regar, mandou plantar um pomar constituído por laranjeiras, limoeiros, pereiras, macieiras e tangerineiras, para poder ter fruta sempre fresca durante as várias estações do ano. Faltava o vinho. Então, mandou plantar uma vinha e algumas parreiras para poder ter uva de mesa.
O General mandou construir uma enorme casa com paredes de granito e tinha tantas portas e janelas quantos dias tem o ano. Em redor da casa mandou construir um muro muito alto com pedras de granito. Nesse mesmo muro havia também muitas frestas que serviam para o General se defender dos ladrões. Aliás, aquelas frestas, já em tempos serviram no castelo agora em ruínas, para os seus habitantes se defenderem dos invasores e dos ladrões.
Há muitos atrás, existiu um castelo no cimo da serra, cujas pedras estavam agora espalhadas por uma vasta área. Ora, o General, mandou carregar as enormes pedras em carros de bois, por naquele tempo ser o único meio de transporte, e que as descarregassem no local destinado à construção da casa e do enorme muro.
Como a casa era muito grande e as terras tinham que ser cuidadas, o General contratou alguns trabalhadores que viviam na quinta com os filhos.
O General, para além de ser muito ganancioso, era também muito medroso. Tinha medo que os ladrões lhes roubassem as libras de ouro que ele tinha roubado ao rei. Então mandou construir uma passagem secreta que ligava a casa à serra, para em caso de ser atacado pelos ladrões poder fugir e levar consigo todas as libras de ouro.
Na quinta, havia três crianças que um dia resolveram fazer uma aventura; Ir ver até onde ia dar a passagem secreta que o General tinha mandado fazer. Andaram, andaram durante várias horas. Finalmente chegaram ao fim da passagem secreta. Mas qual não foi o seu espanto, quando verificaram que não havia porta de saída, o que quer dizer que o General não tinha terminado a passagem secreta, por ter gasto todas as libras de ouro roubado ao Rei.
Luís de Matos

Apresentação do Livro Diário da Guerra Colonial - Junta de Freguesia de Terena

Apresentação     

Sou alentejano, de Terena, onde nasci em 1944.
Na Primavera, corria por entre azinheiras e sobreiros à procura dos grilos e dos ninhos.
No Verão, ia nadar para o Lucefécit e o meu pai ensinou-me a pescar e a espreitar os barbos, as rãs, os cágados e aprender a apurar o gosto da caldeta.
No pico do Verão, dormia sestas e à noite, dormia na esteira de buinho estendida sobre a calçada de seixos do Guadiana, aprendi a conhecer e a contar as estrelas.
Nas longas noites de Inverno, sentado numa cadeira de alandro à roda do lume, na chaminé, o meu pai contava-me histórias e lendas que ouvia, até adormecer.
Mais tarde, em adulto, iniciei uma carreira de empregado de escritório, numa das maiores empresas de transportes públicos de Lisboa, onde trabalhei com um amigo, que mais tarde viria a ser um dos mais conceituados jornalistas de investigação do Semanário Expresso.
Seguidamente, e durante três anos, passei pela Direcção-Geral da Fazenda Pública, em Lisboa, de onde saí para ingressar no Secretariado para a Juventude, em Évora. Depois da passagem por estes organismos estatais, ajudando a descobrir a arte e a ocupação dos tempos livres através do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (FAOJ), do Instituto Português da Juventude (IPJ) e, finalmente, da Comissão de Coordenação da Região do Alentejo, hoje denominada CCDRA, de onde me aposentei, fui Director da Academia de Música Eborense e da Escola Profissional de Música de Évora.
Para além da minha actividade política, correspondente da RTP no distrito de Évora para o programa “PAÍS, PAÍS”, da colaboração em diversos jornais Regionais e Agencias de Imprensa, do Curso de Iniciação ao Jornalismo na Universidade de Évora, Investigador apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian sobre as “Brincas de Évora”, fui fundador e Presidente da Direcção durante 15 anos, de uma IPSS - Associação de Protecção aos Idosos da Freguesia de Terena (APIT), a minha terra.

Livros
2009
Em Maio, sai a 1ª Edição do livro “Lontra Lia”, obra ilustrada por Sandra de Matos, livro para crianças e jovens.
No mesmo mês, sai a 1ª Edição do livro “Diário da Guerra Colonial da Guiné, 1966/1968”.

Apresentações/trabalhos sobre os livros em escolas, bibliotecas e feiras do livro

2009
 25 de Maio, é apresentado na Escola EB 1, 2,3 / JI de Furnas, na Ilha de S. Miguel, Açores, por ocasião da feira do livro da escola, o “Lontra Lia”, ilustrado por Sandra de Matos, livro para crianças e jovens;
 26, 27, e 28 de Maio, foi feito trabalho à volta do “Lontra Lia” com diversas turmas da Escola EB1,2,3 / JI de Furnas;
 29 de Maio, o “Lontra Lia” foi apresentado no Auditório Municipal para uma plateia de 150 alunos da Escola EB 2,3/ Carmo de Medeiros,  de Povoação, Ilha S. Miguel, Açores;
 2 de Junho, integrado nas Comemorações do Dia Mundial da Criança, o “Lontra Lia” foi apresentado para 250 crianças das Escolas do 1º e 2º Ciclos do Nordeste, Ilha de S. Miguel, Açores, tendo sido feitos trabalhos de artes plásticas relacionados com o livro.
Em Junho, as obras estiveram expostas na Feira do Livro na Praça do Giraldo, Évora
 3 a 30 de Dezembro, as obras estiveram expostas na Feira do Livro que decorreu na Biblioteca Municipal de Arraiolos.

Artigos em Jornais
2009
Entrevista ao autor pelo jornal da Escola EB 1,2,3 / JI de Furnas, Ilha de S. Miguel, Açores
Entrevista ao autor pelo Semanário REGISTO, por ocasião da publicação das obras “Lontra Lia” e ”Diário da Guerra Colonial da Guiné, 1966/1968”.